Prescrição 2.0
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Bibliografia: UpToDate®
Última atualização: Agosto/2025
CEFALEIA PRIMÁRIA - CID R51
Prescrição Ambulatorial
CEFALEIA TENSIONAL
Uso Oral
DIPIRONA 500 MG
Tomar 01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas por 05 dias
Obs.: Se dor intensa, tomar 02 comprimidos
IBUPROFENO 300 MG
Tomar 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
ENXAQUECA
Uso Oral
DIPIRONA 500 MG
Tomar 01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas por 05 dias
IBUPROFENO 300 MG
Tomar 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
METOCLOPRAMIDA 10 MG
Tomar 01 comprimido, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
SUMATRIPTANO 50 MG
Tomar 01 comprimido, via oral, no início da crise. Se ausência de melhora, repetir dose após 2h.
Obs.: Dose máxima de 04 comprimidos ao dia.
Sem red flags → classificar primária:
• Enxaqueca: 4–72h, pulsátil, uni, moderada-intensa, náuseas/foto/fonofobia, piora ao esforço.
• Tensional: pressão, bilateral, leve-moderada, sem náuseas, não piora ao esforço.
• Cluster: unilateral orbitária, muito intensa, 15–180 min + sinais autonômicos.
Cronificação/MOH (Medication Overuse Headache)? ≥15 d/mês ou uso excessivo de analgésicos.
Fluxo Rápido de Avaliação da Cefaleia
S – Sintomas sistêmicos: febre, perda de peso, imunossupressão, câncer.
N – Neurológicos: déficit focal, alteração de consciência, convulsão.
O – Onset súbito: início abrupto, “cefaleia em trovão”.
O – Older: primeiro episódio após 50 anos.
P – Padrão novo ou progressivo: mudança no padrão da dor ou piora progressiva.
Red flags da cefaleia (SNOOP) — indicam possível causa secundária grave:


VERTIGEM - CID R42
Prescrição Ambulatorial
IMPORTANTE
O HINTS exam é essencial na vertigem aguda contínua, pois permite diferenciar rapidamente causas periféricas (geralmente benignas) de centrais (como AVC de tronco ou cerebelo), muitas vezes com mais sensibilidade que o primeiro exame de imagem. Sua aplicação rápida no plantão ajuda a identificar pacientes de alto risco, direcionando conduta imediata e evitando complicações graves


Uso Oral
DIMENIDRINATO 25 MG/ML + PIRIDOXINA CLORIDRATO (VIT. B6) 5 MG/ML SOLUCAO ORAL GOTAS FRASCO 20 ML
Tomar 40 gotas, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
Obs.: Sonolência. Se náuseas ou vômitos.
VERTIGEM
CERUME IMPACTADO - CID: H61.2
Prescrição Ambulatorial
Uso Externo
Cerumin (Hidroxiquinolina + trolamina 0,4 + 140 mg/mL)
Pingar 05 gotas no ouvido afetado e deixar agir por 05 minutos, aplicar de 8 em 8 horas por 07 dias
Obs.: Após termino do tratamento, passar por reavaliação médica e realizar lavagem otológica em UBS.
Uso Externo
Aceratum (Peróxido de carbamida 100 mg/mL) Pingar 05 gotas no
ouvido afetado, de 12 em 12 horas por 04 dias
Uso Externo
Oticerim (Peróxido de ureia 100 mg/mL)
Pingar 05 gotas no ouvido
afetado, de 8 em 8 horas por 05 dias
FARINGOAMIGDALITE - CID: J03.9
Prescrição Ambulatorial


Uso Oral
Dipirona 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas por 05 dias
Obs.: Se dor ou febre
Ibuprofeno 300 mg
Tomar 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
Amoxicilina 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 8 em 8 horas por 10 dias
Uso Oral
Dipirona 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas por 05 dias
Obs.: Se dor ou febre
Ibuprofeno 300 mg
Tomar 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
Amoxicilina + Clavulanato 875/125 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 12 em 12 horas por 07 dias
Uso Oral
Dipirona 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas por 05 dias
Obs.: Se dor ou febre
Ibuprofeno 300 mg
Tomar 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
Azitromicina 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, 01 vez ao dia por 05 dias
(alérgicos a beta-lactâmicos)


Uso Oral
Dipirona 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas por 05 dias
Obs.: Se dor ou febre
Ibuprofeno 300 mg
Tomar 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas por 05 dias
Cefalexina 500 mg
Tomar 01 comprimido, via oral, de 12 em 12 horas por 10 dias


Sinais que favorecem o diagnóstico de faringite estreptocócica:
Rash escarlatiniforme;
Petéquias em palato;
Exsudato faríngeo;
Vômitos;
Linfonodos cervicais dolorosos;
Ausência de tosse;
Idade entre 5-15 anos.
Sinais que favorecem o diagnóstico de faringite viral:
Sintomas respiratórios (tosse, coriza, rouquidão, congestão nasal);
Diarreia;
Estomatite anterior;
Conjuntivite.
(alérgicos a beta-lactâmicos)
CRISE ASMÁTICA - CID: J45
Crise Leve e Moderada
O tratamento inicial visa controlar os sintomas e prevenir a progressão para um quadro mais grave.
Oxigenoterapia
Administrar oxigênio (via Cânula Nasal ou Máscara não-reinalante - Hudson) visando manter a saturação-alvo entre 93% e 95%.
Broncodilatadores (Uso Inalatório)
Salbutamol [Aerolin®] 100 mcg/jato (beta-agonista de curta ação)
Spray com espaçador: Fazer 4 a 10 jatos a cada 20 minutos na primeira hora.
Nebulização: 5 mg (20 gotas) diluídos em 3 a 4 mL de SF 0,9%, a cada 20 minutos por 1 hora.
Dose pediátrica (Inalação com espaçador):
< 20 kg: 4 a 6 puffs (100 mcg/puff) a cada 20 minutos na primeira hora.
20 kg: 6 a 10 puffs (100 mcg/puff) a cada 20 minutos na primeira hora.
Após a primeira hora, ajustar a frequência conforme a resposta clínica.
Dose pediátrica (Nebulização):
< 20 kg: 2,5 mg por nebulização a cada 20 minutos na primeira hora.
20 kg: 5 mg por nebulização a cada 20 minutos na primeira hora.
Ipratrópio (anticolinérgico)
Nebulização: 500 mcg (40 gotas) a cada 20 minutos por 1 hora, associado ao Salbutamol.
Dose pediátrica:
< 20 kg: 250 mcg (1 mL) por dose.
20 kg: 500 mcg (2 mL) por dose.
A cada 20 minutos na primeira hora, depois a cada 4-6 horas.
Corticoides (Uso Oral)
Prednisolona 20 mg
Tomar 2 comprimidos de manhã por 5 dias.
Dose pediátrica: 1 a 2 mg/kg/dia (máximo de 40 a 60 mg/dia).
Crise Grave
Requer uma abordagem mais intensiva e monitorização contínua.
Oxigenoterapia
Administrar oxigênio (Cânula Nasal ou máscara não reinalante - Hudson) visando saturação-alvo entre 93% e 95%.
Broncodilatadores
Uso Inalatório (Salbutamol spray [Aerolin®] 100 mcg/jato)
Spray com espaçador: 4 a 10 jatos a cada 20 minutos na primeira hora.
Nebulização: 5 mg (20 gotas) diluídos em 3 a 4 mL de SF 0,9%, a cada 20 minutos por 1 hora.
Em casos de broncoespasmo grave, essas doses podem ser significantemente excedidas, com monitorização da potassemia.
Uso Inalatório (Ipratrópio [Atrovent®])
Nebulização: 500 mcg (40 gotas) a cada 20 minutos por 1 hora, associado ao Salbutamol.
Spray: 2 a 3 puffs (400 a 600 mcg) com intervalo de 3 a 8 horas.
Corticoides
Uso Intravenoso (Metilprednisolona)
Administrar 125 mg em bolus.
Manutenção: 40 a 60 mg/dia (1 a 2 doses). Opção preferencial devido à boa penetração pulmonar e menor efeito mineralocorticoide.
Uso Intravenoso (Hidrocortisona)
Dose inicial: 200 a 300 mg ao dia.
Manutenção: 100 mg IV a cada 6 ou 8 horas.
Uso Oral (Prednisona)
40 a 80 mg por dia, em dose única ou dividida em duas doses.
Sulfato de Magnésio (Uso Intravenoso)
Realizar 2 g diluídos em 100 mL de SF 0,9%, infundidos em 20-30 minutos.
Dose pediátrica: 25 a 50 mg/kg (máximo de 2 g) diluído em 100 mL de solução salina, infundido em 20 a 30 minutos.
Pontos-Chave e Considerações Clínicas
Avaliação da Gravidade: A classificação da crise asmática em leve/moderada ou grave é crucial para determinar a intensidade e a via de administração do tratamento.
Oxigenação: A manutenção da saturação de oxigênio dentro da faixa alvo é fundamental para evitar a hipóxia.
Broncodilatação Eficaz: A combinação de beta-agonistas de curta ação (SABA) com anticolinérgicos de curta ação (SAMA) é mais eficaz na reversão do broncoespasmo em crises moderadas a graves. A monitorização da potassemia é importante em doses elevadas de SABA.
Corticosteroides: A administração precoce de corticosteroides, seja por via oral ou intravenosa, é essencial para reduzir a inflamação das vias aéreas e prevenir a progressão da crise. A escolha da via depende da gravidade e da capacidade do paciente de ingerir medicamentos.
Sulfato de Magnésio: Em crises graves, o sulfato de magnésio intravenoso pode ser considerado como um adjuvante, atuando como um broncodilatador adicional.
Monitorização: Durante o tratamento de uma crise asmática, especialmente em quadros graves, a monitorização contínua dos sinais vitais, saturação de oxigênio e resposta clínica é indispensável para ajustar a terapia e identificar potenciais complicações.
DPOC - CID: J44
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)
O manejo da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), especialmente durante exacerbações agudas, requer uma abordagem multifacetada focada na melhora da ventilação, redução da inflamação e tratamento de infecções.
Exacerbação Aguda
As exacerbações da DPOC são eventos agudos caracterizados por piora dos sintomas respiratórios que necessitam de alteração na medicação usual do paciente.
Oxigenoterapia
Administrar oxigênio (Cânula Nasal ou Máscara não reinalante - Hudson) com o objetivo de manter a saturação-alvo entre 88% e 92%. É crucial evitar a hipercapnia induzida por oxigênio, que pode agravar a retenção de CO₂.
A Ventilação Não Invasiva (VNI) é frequentemente empregada precocemente para tratar a insuficiência respiratória hipercápnica, contribuindo para a redução do trabalho respiratório e da mortalidade.
Broncodilatadores (Uso Inalatório)
Salbutamol spray [Aerolin®] (100 mcg/jato)
Spray com espaçador: 4 a 10 jatos a cada 20 minutos na primeira hora.
Nebulização: 5 mg (20 gotas) diluídas em 3 a 4 mL de SF 0,9%, a cada 20 minutos por 1 hora.
Em casos de broncoespasmo grave, as doses podem ser ajustadas conforme a necessidade clínica, mantendo o paciente monitorizado e avaliando a potassemia.
Ipratrópio [Atrovent®] (associado ao Salbutamol)
Nebulização: 500 mcg (40 gotas) a cada 20 minutos por 1 hora.
Spray: 2 a 3 puffs (400 a 600 mcg), com intervalo de 3 a 8 horas.
Corticosteroides
Uso Intravenoso (Metilprednisolona)
Bolus: 125 mg.
Manutenção: 40 a 60 mg/dia (1 a 2 doses). Esta é a opção mais recomendada devido à sua boa penetração pulmonar e menor efeito mineralocorticoide.
Uso Intravenoso (Hidrocortisona)
Dose inicial: 200 a 300 mg ao dia.
Manutenção: 100 mg IV a cada 6 ou 8 horas.
Uso Oral (Prednisona)
40 a 80 mg por dia, em dose única ou dividida em duas.
Sulfato de Magnésio (Uso Intravenoso)
Realizar 2 g diluídos em 100 mL de SF 0,9%, infundidos durante 20 a 30 minutos.
Dose pediátrica: 25 a 50 mg/kg (máximo de 2 g) diluído em 100 mL de solução salina, infundido durante 20 a 30 minutos.
Antibioticoterapia
O uso de antibióticos é fortemente indicado nas exacerbações da DPOC, pois infecções bacterianas são uma causa comum desses eventos.
Exacerbações leves a moderadas (sem fatores de risco para resistência)
Uso Oral:
Amoxicilina + clavulanato [Clavulin®] (875+125 mg): 1 comprimido a cada 12 horas, por 7 dias.
OU Azitromicina 500 mg: 1 comprimido a cada 24 horas, seguido de 250 mg/dia, por 4 dias.
Exacerbações graves (com hospitalização ou fatores de risco para resistência)
Ceftriaxona 1 g: 1 g IV a cada 12 horas, por 7 a 10 dias.
OU Levofloxacino 750 mg: 1 comprimido VO 1 vez ao dia, por 5 a 7 dias.
OU Piperacilina + tazobactam: 4,5 g IV, a cada 6 horas.
Com risco para Pseudomonas:
Ceftazidima 2 g: 2 g IV a cada 8 horas.
OU Cefepima 2 g: 2 g a cada 8 horas.
OU Meropenem 1 g: 1 g IV a cada 8 horas.
Pontos-Chave e Considerações Clínicas
Diferenciação com Asma: Embora a farmacoterapia de exacerbações graves de asma e DPOC apresente semelhanças, é fundamental reconhecer as diferenças fisiopatológicas e as particularidades do manejo para cada condição, o que influencia a resposta ao tratamento e o prognóstico.
Controle da Hipoxemia e Hipercapnia: A oxigenoterapia deve ser cuidadosamente titulada para evitar a hipercapnia, uma complicação comum em pacientes com DPOC. A VNI é uma ferramenta valiosa para melhorar a ventilação e reduzir a necessidade de intubação.
Tratamento Anti-inflamatório: Os corticosteroides são a base do tratamento anti-inflamatório em exacerbações da DPOC, sendo a metilprednisolona intravenosa frequentemente preferida pela sua eficácia pulmonar e menor impacto mineralocorticoide.
Indicação de Antibióticos: A presença de infecção bacteriana é uma causa frequente de exacerbação na DPOC. A antibioticoterapia deve ser iniciada prontamente, com a escolha do agente baseada na gravidade da exacerbação e nos fatores de risco para microrganismos resistentes, incluindo Pseudomonas.
Monitorização Contínua: A monitorização rigorosa dos sinais vitais, gasometria arterial e resposta clínica é essencial para guiar a terapia e detectar rapidamente qualquer piora ou complicação.
PNEUMONIA
A pneumonia é uma infecção aguda do parênquima pulmonar que pode variar em gravidade. O tratamento adequado depende da presença de comorbidades, uso prévio de antibióticos e da idade do paciente.
1. Pacientes Sem Comorbidades e Sem Uso Recente de Antibióticos
Para pacientes adultos saudáveis, sem histórico recente de uso de antibióticos e sem comorbidades significativas, o tratamento é geralmente ambulatorial.
Antibióticos (Uso Oral) - Escolha uma das opções
Amoxicilina + Clavulanato [Clavulin®] (875 + 125 mg)
Tomar 1 comprimido VO a cada 12 horas, por 7 dias.
Dose pediátrica: 50 mg/kg/dia a cada 12 horas (máximo de 4 g/dia).
Amoxicilina + Clavulanato [Clavulin®] (500 + 125 mg)
Tomar 1 comprimido VO a cada 8 horas, por 7 dias.
Dose pediátrica: 50 mg/kg/dia a cada 8 horas (máximo de 4 g/dia).
Azitromicina 500 mg
Tomar 1 comprimido VO a cada 24 horas, por 5 dias.
Dose pediátrica: 10 mg/kg/dia a cada 24 horas.
Claritromicina 500 mg
Tomar 1 comprimido VO a cada 12 horas, por 7 dias.
Dose pediátrica: 15 mg/kg/dia a cada 12 horas (máximo de 1 g/dia).
2. Tratamento Sintomático Geral
O controle dos sintomas é parte integrante do manejo da pneumonia, independentemente da presença de comorbidades.
Uso Oral
Dipirona [Novalgina®] 1 g
Tomar 1 comprimido VO a cada 6 horas, em caso de dor ou febre.
Dose pediátrica: 10 a 15 mg/kg/dose.
Observação: 1 comprimido de 500 mg equivale a 20 gotas da solução oral gotas (500 mg/mL).
Paracetamol [Tylenol®] 750 g
Tomar 1 comprimido VO a cada 8 horas.
Se for apresentação de 500 mg, tomar a cada 6 horas.
Dose máxima: 4 g/dia.
Dose pediátrica: 10 a 15 mg/kg/dose a cada 6 horas, com dose máxima de 75 mg/kg/dia.
3. Pacientes Com Fatores de Risco, Doença Mais Grave ou Uso Recente de Antibióticos
Para pacientes com esses fatores, a cobertura antibiótica deve ser mais abrangente, e a doença é considerada de maior risco.
Uso Oral
Amoxicilina + Clavulanato [Clavulin®] (875 + 125 mg)
Tomar 1 comprimido VO a cada 12 horas, por 7 dias.
Associado a:
Azitromicina 500 mg
Tomar 1 comprimido VO a cada 24 horas, por 7 dias.
OU Claritromicina 500 mg
Tomar 1 comprimido VO a cada 12 horas, por 7 dias.
Sintomáticos
Dipirona [Novalgina®] 1 g
Tomar 1 comprimido VO a cada 6 horas, em caso de dor ou febre.
4. Antibióticos por Via Intravenosa para Tratamento de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) Complicada na Pediatria
Em casos de PAC complicada que necessitam de internação e terapia intravenosa, especialmente em crianças.
Amoxicilina + Clavulanato
75 mg/kg/dia de amoxicilina, a cada 8 horas.
Ceftriaxona
50 a 100 mg/kg/dia a cada 12 horas.
Penicilina Cristalina
200.000 a 250.000 UI/kg/dia, a cada 4 ou 6 horas.
Vancomicina
40 a 60 mg/kg/dia, a cada 6 ou 8 horas.
Azitromicina
10 mg/kg/dia, nos dias 1 e 2; 5 mg/kg/dia nos dias seguintes.
Pontos-Chave e Considerações Clínicas
Estratificação de Risco: A decisão do tratamento da pneumonia, seja ambulatorial ou hospitalar, oral ou intravenoso, é baseada na avaliação da gravidade da doença e dos fatores de risco do paciente (idade, comorbidades, uso recente de antibióticos). Escalas como CURB-65 ou PSI/PORT podem auxiliar nessa estratificação.
Cobertura Antibiótica: A escolha do antibiótico deve considerar o perfil epidemiológico local, o risco de patógenos resistentes e a presença de fatores que indiquem maior gravidade ou falha terapêutica.
Tratamento Adjuvante: Além dos antibióticos, o manejo sintomático (para febre e dor) é fundamental para o conforto do paciente.
Avaliação Pediátrica: Em pediatria, a pneumonia exige atenção especial, com doses ajustadas ao peso e, em casos complicados, a necessidade de terapia intravenosa e monitorização rigorosa.
Monitoramento: A evolução clínica do paciente deve ser monitorizada de perto. A ausência de melhora após 48-72 horas de tratamento adequado pode indicar a necessidade de reavaliação diagnóstica, troca de antibióticos ou investigação de complicações.
PNEUMONIA - CID: J18
TUBERCULOSE
A Tuberculose (TB), causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, requer um tratamento prolongado e rigoroso para garantir a cura e prevenir o desenvolvimento de resistência medicamentosa. As diretrizes de tratamento são padronizadas e baseadas em esquemas que combinam múltiplos fármacos.
Esquema Básico para Adultos e Adolescentes (> 10 anos de idade)
O tratamento é dividido em duas fases: uma fase de ataque intensiva e uma fase de manutenção, ambas com duração e composição de medicamentos específicas.
1. Fase de Ataque (Duração: 2 meses)
Esta fase utiliza uma combinação de quatro medicamentos: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E) – o esquema RHZE. Os medicamentos são geralmente administrados em comprimidos de dose fixa combinada (DFC) para facilitar a adesão.
Composição por comprimido: 150 mg de Rifampicina, 75 mg de Isoniazida, 400 mg de Pirazinamida e 275 mg de Etambutol.
Dosagem diária (VO), conforme o peso corporal:
20 a 35 kg: 2 comprimidos
36 a 50 kg: 3 comprimidos
51 a 70 kg: 4 comprimidos
> 70 kg: 5 comprimidos
2. Fase de Manutenção (Duração: 4 meses)
Após a fase de ataque, o tratamento continua com uma combinação de dois medicamentos: Rifampicina (R) e Isoniazida (H) – o esquema RH.
Composição por comprimido: Disponível em DFC de 300 mg de Rifampicina/150 mg de Isoniazida ou 150 mg de Rifampicina/75 mg de Isoniazida.
Dosagem diária (VO), conforme o peso corporal:
20 a 35 kg: 1 comprimido (300 mg/150 mg) ou 2 comprimidos (150 mg/75 mg)
36 a 50 kg: 3 comprimidos (150 mg/75 mg)
51 a 70 kg: 4 comprimidos (150 mg/75 mg)
> 70 kg: 5 comprimidos (150 mg/75 mg)
Pontos-Chave e Considerações Clínicas
Adesão ao Tratamento: A adesão completa ao esquema de tratamento é a chave para o sucesso terapêutico da tuberculose. A interrupção prematura ou a irregularidade na tomada dos medicamentos pode levar à falha do tratamento e ao desenvolvimento de resistência medicamentosa, tornando a doença mais difícil de tratar.
Monitoramento e Efeitos Adversos: Durante o tratamento, é essencial o monitoramento regular do paciente para identificar e manejar possíveis efeitos adversos dos medicamentos, como alterações hepáticas, reações cutâneas, distúrbios gastrointestinais e neuropatia periférica. O acompanhamento clínico e laboratorial é fundamental.
Supervisão do Tratamento: O Tratamento Diretamente Observado (TDO) é uma estratégia recomendada em muitos países para garantir que o paciente tome a medicação corretamente, especialmente na fase inicial.
Rastreamento de Contatos: A identificação e avaliação de pessoas que tiveram contato próximo com o paciente com tuberculose ativa é crucial para prevenir a disseminação da doença na comunidade e oferecer tratamento preventivo, quando indicado.
Tratamento em Situações Específicas: Existem esquemas de tratamento adaptados para populações específicas, como pacientes pediátricos, gestantes, pacientes com HIV/AIDS e casos de tuberculose multirresistente (TB-MR), que podem envolver diferentes medicamentos e durações. O guia aborda o esquema básico para adultos e adolescentes, mas a individualização é sempre necessária.
TUBERCULOSE - CID: A15
Os códigos CID para tuberculose vão do A15 ao A19, abrangendo as formas respiratórias (A15-A16), as de outros órgãos (A18), a miliar (A19) e outras formas das vias respiratórias (A17).
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